7 de maio de 2014

Resenha: A queda



Esse livro é uma cortesia da Editora Suma de Letras

“A unidade de abertos/não resolvidos investigava homicídios não solucionados com até cinquenta anos de ocorrência, em Los Angeles...Quando o DNA de um caso antigo batia com o de um indivíduo cujo perfil genético figurava em algum banco de dados de DNA do país, isso era chamado de cold hits.”(pág 7)
Com mais de 10 mil casos em aberto, no departamento que era denominado cold hits, a divisão que o detetive Harry Bosh trabalhava aguardava ansiosa que as solicitações de exames de DNA fossem mais rápidas, a fim de desvendar os crimes antigos que ainda não tinham sido resolvidos. Na Aberto/Não resolvidos, ninguém precisava ver cenas reais de homicídios. Eles viam fotos antigas desses assassinatos. Quando Harry e seu parceiro, David Chu, receberam um caso de um cold hit em que o assassino estaria com 8 anos na época em que ocorreu o crime, ambos ficaram inquietos. Era um caso complicado antes mesmo de começar.  Bosh escolheu esse setor para trabalhar enquanto sua aposentaria não chegava. Cuidando da sua filha de 15 anos após a morte da mãe, ele sentia que quanto antes sua carreira se encerrasse, mais tempo ele poderia ter para criar sua filha como ele acreditava que deveria.
Após pegar o caso do DNA , ele estranhou que a tenente que o comandava lhe pediu para assumir um caso de um possível suicídio do filho de um ex-policial, agora vereador, com quem Harry não se dava muito bem. Mas ordens eram ordens, e mesmo para um policial experiente como ele, acatá-las era prioridade. Bosh sabia que algo relacionado à política estava envolvida, mas não imaginava que após investigar com tanto afinco, o que ele viria a descobrir poria em cheque a credibilidade que ele tinha em alguns colegas de trabalho. E mais ainda: como o vereador Irving o veria após acreditar que Bosh cuidaria da imagem de seu filho?
Em ambos os casos Bosh é levado por pistas que o confundem desde o início. Policial experiente como é, ele encontra formas de convencer as testemunhas a dizerem a verdade.
Uma das características que mais gosto na escrita de Michael Connelly é que ele consegue misturar duas histórias diferentes, mas que não se confundem na mente do leitor. E um item que também acho fundamental é não se esquecer que os protagonistas têm vida pessoal. Isso é bem explorado em A queda, publicado no Brasil pela Editora Suma de Letras, quando Bosh se interessa por uma médica que está o ajudando em um dos casos.
Mantendo o suspense e explorando o sistema policial de uma forma bem real - já que ele trabalhou como repórter policial por mais de 10 anos-, não é à toa que Michael Connelly é um dos autores mais vendidos no mundo!E um dos meus preferidos!



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